Lê aí maluco!
É um blog sobre leitura voltado para todos os públicos, com o propósito de incluir a leitura no dia-a-dia das pessoas. Somos aliados da leitura em combate à ignorância.
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
O problema de Stephenie Meyer
Não que Stephenie Meyer seja uma má escritora. Pelo contrário, Stephenie escreve até direitinho, detalha bem expressões e sentimentos e tal. Até as histórias que ela cria não são ruins, isto é, se não considerarmos o fato de que seus personagens são sempre tão perfeitinhos e monótomos, e com um senso de justiça altamente questionável... Stephenie Meyer tem um problema, e dos grandes. Ela consegue "estragar" boas histórias transformando seus personagens na coisa mais óbvia e patética possível. E olha que eu li toda a Saga Crepúsculo, A Hospedeira, e até gostava de tudo. Mas depois parei pra pensar, as nossas opiniões mudam tanto com a convivência com as pessoas, e notei que a Stephenie é muito ingenua. Só pode. Não estou dizendo que não gosto de personagens bonzinhos, mas até mesmo um personagem bonzinho tem defeitos, não é mesmo? Sei lá, espero que ela escreva coisas mais interessantes daqui pra frente... :/
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Autores - Stephenie Meyer
Romance, romance, romance
Estive lendo alguns livros do famoso escritor Nicholas Sparks e pra quem gosta de romance fica uma dica realmente boa. Livros como Diário de uma paixão, Um amor pra recordar, A última música e Querido John, fizeram sucesso quando transformados em filmes. Entretanto, posso seguramente afirmar que os livros são anos-luz melhores que os filmes. Vale a pena conferir. Além dos já citados, o livro À espera de um milagre também é uma boa pedida. Se você gosta de romances impossíveis e possíveis que enfrentam caminhos tortuosos até chegarem a seu destino final, Nicholas Sparks é o autor mais indicado para você. Aproveite!
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Autores - Nicholas Sparks
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Livro - A Distância entre Nós
A Distância entre Nós - Maggie O´Farrell
"Stella e Jake vivem separados por milhares de quilômetros; ela mora em Londres, e ele, em Hong Kong. Nada sabem acerca da existência um do outro, mas, em breve, ambos vão viver experiências que os levarão a deixar tudo para trás e, sem saber, a encurtar a distância geográfica e emocional que os separa. Tentando escapar das próprias vidas, encontrarão um ao outro e a si mesmos. A narrativa desvenda histórias sobre identidades destruídas, laços que as unem e o apelo inconsciente do passado e dos segredos através de gerações."
Maggie O´Farrell é uma das minhas autoras preferidas. A delicadeza e profundidade da sua escrita são hipnotizantes. Ela mergulha nas profundezas da alma humana, revelando medos e desejos dos personagens impactantes que cria para dar vida as suas histórias. Em cada livro, a surpresa espreita o leitor, aguardando o momento de entrar em cena e revirar todo o cenário. Esse livro é todo surpreendente.
Stella é filha dos povos do hífen, como ela diz, ítalo-escocesa, filha de mãe italiana e pai escocês, sendo criada entre duas culturas. Viver essa situação é um desafio. Desde a infância ela sofre com a discriminação dos colegas de escola, progredindo para a vida adulta, onde todos acham exótica a sua mistura de nacionalidades. Aos 28 anos, ela ainda não se encontrou, mudando-se entre diversas cidades, fugindo da família, do contato exterior, sem compromissos com ninguém. Em sua vida, Stella só pode contar com a irmã Nina, mais velha, não tão bonita e de personalidade forte, com um pezinho na loucura. Inseparáveis, as irmãs tem um laço apertado de intimidade e um segredo horrível que compartilham. Conhecemos as duas na vida adulta, com muitas lembranças do passado. Atormentada e perdida, ela foge para a Escócia.
Jake também é um clandestino. Filho de mãe solteira, uma hippie britânica que se fixou em Hong Kong, ele tem traços europeus, criação europeia alternativa, mas, é obrigado a lidar diariamente com o fato de que não se encaixa no país onde nasceu. Pelas ruas do Japão, os nativos não o aceitam como igual, e os estrangeiros não o entendem. Ele também está entre duas culturas muito diferentes. Namorando a britânica Mel, estrangeira que vive em Hong Kong, ele é obrigado a se casar com ela por circunstâncias terríveis. Além disso, já adulto, descobre que o pai desconhecido lhe fez muita falta. Sabendo apenas onde o pai viveu, ele parte para a Escócia para desvendar o seu passado e com esperança que essa seja a chave para melhorar o futuro.
Novamente, a autora traz a fórmula de alternar passado e presente para explicar fatos que o leitor nem imagina.
Da história não se pode contar muito, pois é tudo revelado aos poucos, como ganchos para os próximos capítulos. O livro fala da distância, não só no sentido de longe, mas também no sentido de perto. A distância quase ausente entre as irmãs. A distância muito longa entre Jake e seu pai. A distância a ser vencida entre Stella e Jake. A distância abismal entre culturas diferentes e a influência dramática nas pessoas que habitam esse universo.
É um livro emocionante e delicado. É leitura indispensável para quem quer conhecer a autora e sua forma de contar histórias tão peculiar.
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Livro - A Distância entre Nós - Maggie O´Farrell
A leitura - vício arrebatador
"Aquele que tem por vício a leitura, droga alucinógena das mais leves, acabará cada vez mais dependente dela. E o pior, passará para drogas mais pesadas, como a escrita. Nesta fase crítica, o leitor, agora escritor, tende a fugir regularmente da realidade e ter devaneios de que, assim como Deus, é criador de Universos inteiros."
Jefferson Luiz Maleski
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A leitura - vício arrebatador
Dica de leitura: Fevereiro/2011
Série Fallen: Torment,
de Lauren Kate
Inferno na Terra. É assim que Luce se sente quando está afastada de seu anjo "caído" e agora namorado, Daniel. Demorou uma eternidade para que eles se encontrassem e agora ele diz a ela que ele tem que partir. Tempo suficiente para caçar os Outcasts - imortais que querem matar Luce. Ele a esconde na escola Shoreline, na costa da California com outros estudantes especiais: Nephilins, os filhos de anjos caidos com humanos. Em Shoreline, Luce aprende o que são as sombras que tanto a assustam e como usá-las como janelas para suas vidas anteriores. Porém, quanto mais Luce aprende mais ela descobre que Daniel não contou tudo a ela. Ele está escondendo algo - algo perigoso. E se a versão de Daniel do passado não for a verdadeira? E se Luce realmente deve ficar com outra pessoa?"
Torment é diferente. Não trás uma personagem patética e dependente. O leitor se surpreenderá. #ficadica.
Aprendendo a Seduzir,
de Patricia Cabot
Lady Caroline Linford é uma garota de sorte. Está prestes a subir ao altar com um homem de quem gosta e que, ainda por cima, havia salvado a vida do seu irmão. Tudo segue nos trilhos até ela flagrar o noivo, o marquês de Winchilsea, em um momento íntimo com outra mulher.Como Caroline poderia se casar com um homem cujos beijos, durante meses e meses, a tinham feito sentir-se a mulher mais afortunada do mundo... Só para se dar conta de que ele guardava seus verdadeiros beijos para outra? O marquês nunca - nem uma única vez - a tinha beijado com aquela intensidade. Até aquela noite, Caroline pensava que eram felizes. Que ele a amava.
Impedida de cancelar o casamento, a jovem não se faz de rogada e toma uma decisão: aprender a ser uma femme fatale para, ao mesmo tempo, assumir o papel de esposa e amante de seu futuro marido. Assim, ele não precisaria mais recorrer a outra mulher para satisfazer seu apetite na cama.
Em troca de uma informação privilegiada, Caroline convence Brandon Granville, admirado em toda a Inglaterra por suas habilidades como amante, a lhe dar aulas - teóricas, é claro! - sobre o amor. Logo nas primeiras classes, porém, voam faíscas e as barreiras entre professor e aluna são colocadas à prova...
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Dica de leitura: Fevereiro/2011
O brilhante "Cândido ou O Otimismo"
Nem sempre ler livros que foram escritos séculos atrás, em que a linguagem está à anos-luz distante da nossa atual realidade é fácil e normalmente pouco atraente. Principalmente para os jovens de hoje que nem gostam de ler. Mas se há um clássico digno de ser lido é este: "Cândido ou O Otimismo" de Voltaire, um pensador iluminista que todos ouvem falar na sétima série. O texto contrapõe brilhantemente ingenuidade e esperteza, desprendimento e ganância, caridade e egoísmo, delicadeza e violência, amor e ódio. Tendo como plano de fundo a sociedade do Séc. XVIII, retrata um mundo extremamente cruel e materialista.
Muitos dos personagens do romance passam pelas mais diversas torturas físicas e psíquicas. De qualquer modo, Voltaire também apresenta uma sociedade utópica, quando Cândido e seu criado Cacambo vão à cidade de Eldorado, um lugar místico na América do Sul, onde havia muito ouro e pedras preciosas, mas ninguém se importava com toda essa riqueza. Eles deixam esse belo lugar para procurar Cunegundes até que Cândido consegue encontrá-la em Constantinopla (atual Istambul), na Turquia.
Há uma segunda parte no romance, muito menos conhecida, em que Cândido deixa o jardim na Turquia. Após muitas aventuras e seu casamento com uma outra mulher, ele fica na Dinamarca, e alcança uma alta posição na corte real.
Sarcástico, Voltaire leva o ingênuo protagonista Cândido a debater consigo mesmo o preceito de que estamos no "melhor dos mundos possíveis", através de uma série de aventuras que dramaticamente fazem o protagonista contestar o ensinamento ao qual tanto se apegava. O romance satiriza as interpretações ingênuas da filosofia de Gottfried Leibniz que oferecem motivos para não "enxergar" os horrores do mundo no Séc. XVIII. Em Cândido, Leibniz é representado pelo filósofo Pangloss, o mestre do personagem principal. Apesar de enfrentar uma série de infortúnios e desventuras, Pangloss afirma veementemente que "É tudo para o melhor no melhor dos mundos possíveis". O romance encerra com Cândido finalmente contestando o otimismo exposto por Pangloss, dizendo "É necessário cultivar o nosso jardim".
Por que lê-lo? Bem, em Cândido vemos uma construção crítica muito inteligente e o sarcasmo de Voltaire é engraçado na medida que vemos as mais diversas tragédias sobrevirem os personagens. Quem já leu Cândido com certeza já parou para pensar se, realmente, o modo como encaramos as coisas faz a diferença. Digo isso por experiência própria.
Por, Mayara Lange de Paula.
Muitos dos personagens do romance passam pelas mais diversas torturas físicas e psíquicas. De qualquer modo, Voltaire também apresenta uma sociedade utópica, quando Cândido e seu criado Cacambo vão à cidade de Eldorado, um lugar místico na América do Sul, onde havia muito ouro e pedras preciosas, mas ninguém se importava com toda essa riqueza. Eles deixam esse belo lugar para procurar Cunegundes até que Cândido consegue encontrá-la em Constantinopla (atual Istambul), na Turquia.
Há uma segunda parte no romance, muito menos conhecida, em que Cândido deixa o jardim na Turquia. Após muitas aventuras e seu casamento com uma outra mulher, ele fica na Dinamarca, e alcança uma alta posição na corte real.
Sarcástico, Voltaire leva o ingênuo protagonista Cândido a debater consigo mesmo o preceito de que estamos no "melhor dos mundos possíveis", através de uma série de aventuras que dramaticamente fazem o protagonista contestar o ensinamento ao qual tanto se apegava. O romance satiriza as interpretações ingênuas da filosofia de Gottfried Leibniz que oferecem motivos para não "enxergar" os horrores do mundo no Séc. XVIII. Em Cândido, Leibniz é representado pelo filósofo Pangloss, o mestre do personagem principal. Apesar de enfrentar uma série de infortúnios e desventuras, Pangloss afirma veementemente que "É tudo para o melhor no melhor dos mundos possíveis". O romance encerra com Cândido finalmente contestando o otimismo exposto por Pangloss, dizendo "É necessário cultivar o nosso jardim".
Por que lê-lo? Bem, em Cândido vemos uma construção crítica muito inteligente e o sarcasmo de Voltaire é engraçado na medida que vemos as mais diversas tragédias sobrevirem os personagens. Quem já leu Cândido com certeza já parou para pensar se, realmente, o modo como encaramos as coisas faz a diferença. Digo isso por experiência própria.
Por, Mayara Lange de Paula.
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Ler significa apenas compreender letras?
A escrita deve ter um sentido para quem lê, pois saber ler não pode ser representar apenas a decodificação de signos, de símbolos. Ler é muito mais que isso; é um movimento de interação das pessoas com o mundo e delas entre si e isso se adquire quando passa a exercer a função social da língua, ou seja, quando sai do simplismo da decodificação para a leitura e reelaboração dos textos que podem ser de diversas formas apresentáveis e que possibilitam uma percepção do mundo. É como disse Joseph Addison, "A leitura é para o intelecto o que o exercício é para o corpo".
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